É complicado falar de “Blackout”, sendo que foi um álbum lançado na época mais difícil e conturbada da vida e da carreira de Britney Spears, a famosa época em que ela raspou a cabeça, agrediu paparazzi com guarda- chuva, foi internada em uma clínica, etc.
Por ter sido lançado nessa época, o álbum ficou injustamente lembrado como “o álbum da era negra de Britney Spears” e ficou conhecido como “o álbum negro de Britney Spears”, sendo também o álbum com menos vendagem da sua carreira.
Mas como eu acredito na teoria de que é nos nossos piores momentos que realizamos nossos melhores trabalhos, “Blackout” para mim é a maior prova disso.
Na minha opinião, foi justamente nessa época difícil que ela conseguiu fazer o melhor álbum de toda sua carreira.
O álbum é simplesmente espetacular e eu não apenas o considero uma obra-prima de sua carreira como o considero uma obra-prima da música pop.
A sensação que temos ao ouvir “Blackout” não é a de ouvir um disco como outro qualquer, mas é a de viver uma experiência, uma coisa psicodélica. Quando terminamos de ouvir o álbum fica uma sensação de termos feito uma viagem, de termos saído de órbita e ido para uma outra dimensão, uma coisa meio futurista. É incrível mas não é mentira. Eu realmente tenho essa sensação ao ouvir esse álbum, principalmente quando o escuto de olhos fechados e deixo ele me levar, sensação esta que eu só viria a sentir novamente alguns anos depois com o álbum da Lady Gaga, que também é sensacional...(comprei ele essa semana e pretendo comentar ele aqui depois).
Sensação que pode ser sentida principalmente em músicas como “Gimme more” “Break the Ice”, “Heaven on Earth”, “Get Naked”, “Toy Soldier”, “Hot as Ice”, “Freakshow”, músicas de produção impecável, cheias de efeitos sonoros com toques futuristas que parecem tirados de um filme de ficção científica. Preste bem atenção na riqueza, nos efeitos, nos detalhes de cada uma dessas músicas, que são uma obra-prima da música pop. É uma maravilhosa experiência ouvir esse álbum, sem nenhum exagero.
“Blackout” teve, na época, produção, mixagem e colaboração de grandes produtores musicais como o rapper Danja, afilhado do grande (e excelente) produtor Timbaland. O resultado a gente vê e sente na qualidade das músicas e da produção.
“Blackout” é música pop de qualidade, com todas as técnicas experimentais e sonoridade que tem direito, é música pop do futuro, um álbum que parece ser do ano de 2040 (assim como o de Lady Gaga), maravilhosamente fantástico!!!
Injustiçado ou talvez lançado num mau momento, “Blackout” não teve o reconhecimento nem o crédito merecido do público, mas fica a dica para quem gosta de pop de qualidade e de alto nível. Eu garanto, as músicas são viciantes e o álbum fica grudado na cabeça.
Recomendo também o novo álbum, “Circus”, que foi lançado com grande ostentação e expectativa e anunciado como “o grande retorno de Britney Spears” ofuscando assim o merecido “Blackout’, que acabou esquecido. Não é que o “Circus” seja ruim, não é. Pelo contrário, também é muito bom, tem grandes músicas que também grudam e tal só que não chega aos pés do brilhantismo do ‘Blackout’, algo que até me frustou um pouco pois eu esperava meio que uma continuação ou até uma superação dele.
Algo que não acontece e serve para reafirmar a genialidade daquele trabalho, que realmente é único e será difícil fazer outro igual.
É por essas e outras que ele merece ser ouvido e lembrado e não ficar marcado como “o álbum negro”. Até porque se ser considerado “negro’ significa algo ruim para um disco como esse, então que venha a escuridão! Blackout TOTAL!!!! UHU!!!!
Subam a bordo, escutem e curtam essa experiência e essa viagem chamada “Blackout”....Altamente recomendado!!!
domingo, 12 de abril de 2009
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