segunda-feira, 2 de agosto de 2010

KATY PERRY: O "X" DA QUESTÃO

Para começar, não vamos falar do que dá errado. O negócio é aplaudir quem faz o certo.

Porém, este texto não contém dicas, muito menos funcionará como uma cartilha com as verdades absolutas e infalíveis no show business.
Portanto, preparem-se para a revelação a seguir: não existe fórmula para fabricar hits, tampouco para formar grandes estrelas.

Na era da música digital e dos downloads ilegais, se dá melhor quem consegue prender a atenção da audiência. Não basta fazer música boa, hoje em dia a exigência é bem maior. Não basta mudar o corte de cabelo ou aprontar alguma na noite… no português popular e objetivo: tem que rebolar!

Os álbuns que eu mais curti durante este ano não fizeram muito sucesso, numericamente falando. Pixie Lott ainda é uma quase-anônima no mercado norte-americano, Cheryl Cole teve seus azares no meio do caminho, Kylie Minogue não contagiou a todos com a profusão de amor de seu Aphrodite (uma pena, o mundo precisava desse álbum), Miley Cyrus assustou o público(principalmente o infantil) com sua nova imagem e Christina Aguilera não emplacou com seu CD biônico. Mas não estamos aqui para falar das minhas preferências, certo?

Existe um fator “x” no mercado pop. Um brilho, um quê a mais, entende? É preciso causar reações, sejam elas favoráveis ou não. Ok, eu estou falando abstratamente, vamos exemplificar!

Num passado bem recente, fomos contaminados por “Single Ladies”. E digo isto no bom sentido, aliás num ótimo sentido. Além da canção ter feito um estrondoso sucesso radiofônico, todo mundo pareceu gostar e querer compartilhar com o mundo a coreografia. Até Joe Jonas se rendeu ao fantástico mundo do youtube ao som do hit de Beyoncé.

Pois bem, Katy Perry é a número 1 do momento com “California Gurls”. Música ótima e viciante por sinal. Confesso que quando ela surgiu, fiquei desconfiado. Achei que ela seria sempre lembrada como a garota que beija outras. Me enganei feio. “Hot’n’Cold” me conquistou, seguida da baladinha gostosa “Thinking Of You” e “Waking Up In Vegas” que fechou o ciclo de grandes singles do seu primeiro álbum.

O mais bacana neste lance da Katy é a evolução, tanto vocalmente como em sua performance como um todo. Vamos esquecer o crime cometido contra “Like a Virgin” no VMA 2007! Depois do MTV Unplugged, Katy mostrou significativa evolução vocal. A partir de “California Gurls”, ela não apenas executou um golpe de mestre colocando sua canção como hino do verão americano, mas provocou sensação. Aos montes surgem versões para a faixa. “California Gays” é meu preferido, mas tem para todos os gostos e faixas etárias – sim, vovôs resolveram dançar e compartilhar com o mundo, o por quê ninguém sabe…mas enfim, tá valendo!

Sobre discussão acerca de “TiK ToK”, eu me abstenho. A canção é ótima, tem muitos méritos, não é número um por acaso. Além do mais o videoclipe com o “vilão” Snoop Dogg é divertido e colorido na medida certa.

Todo popstar que se preze tem que ter seus bafões e conteúdo… tem que saber se reciclar mesmo. Sobrevivência é o “x’ da questão. Sinead O’Connor até hoje suspira de saudades de seus tempos áureos – joga no Google o nome da moça, porque agora eu peguei pesado com a antiguidade do fato.
Seu novo álbum, "Teenage Dream" será lançado no dia 20 de agosto e eu aguardo ansioso para ouvi-lo. A pré-venda já bateu recordes em vários países.
Katy Perry veio para ficar por ter despertado este interesse no público. O que era para ser uma resposta a Jay-Z, Alicia Keys e os nova-iorquinos, tornou-se o grande hit do momento. Aí está meus amigos, a equação perfeita.

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