Último filme do ator foi exibido em festival-
A última performance do ator australiano Heath Ledger antes de morrer de uma overdose acidental de medicamentos, em janeiro de 2008, quase não chegou à tela grande, revelou o diretor norte- americano Terry Gilliam, com quem o ator já havia trabalhado no filme "Os Irmãos Grimm".
Quando Ledger morreu, em Nova York, a primeira reação do diretor foi abandonar "The Imaginarium of Doctor Parnassus", que estava apenas semiacabado.
Mas, incentivado por pessoas à sua volta a continuar, e com a ajuda dos atores Johnny Deep, Jude Law e Colin Pharrel, que representaram o personagem de Ledger em três sequências de sonhos separadas, Gilliam acabou concluindo o filme.
Ele decidiu usar os três atores em vez de um para completar o papel de Tony. Isso foi possível porque eles aparecem numa terra da imaginação, à qual se ingressa através de um espelho mágico. Gilliam destacou a "coragem e generosidade" por se atreverem a representar o personagem de Ledger.
"Comecei a ligar para amigos. Liguei para Johnny Deep e ele disse 'Já estou aí '.
Basicamente, telefonei para pessoas que conheciam Heath e o amavam", afirmou.
"Todo o elenco e as pessoas da equipe técnica estavam decididos a concluir esse filme. Todos trabalharam mais e por mais tempo, e de alguma maneira concluímos o filme. Foi realmente o amor das pessoas por Heath que levou esse projeto adiante."
Gilliam elogiou Ledger, que recebeu um Oscar póstumo este ano pelo papel do Coringa no mega blockbuster "O Cavaleiro das Trevas", por seu entusiasmo e energia no set de filmagens.
"Heath estava se divertindo tanto e improvisava muito, coisa que eu na realidade não permito tanto assim em meus filmes. Ele infundia ânimo a todo mundo. Ele era extraordinário, era quase exaustivo."
Heath Ledger representa Tony, que é encontrado enforcado de uma ponte em Londres mas é ressuscitado por Anton e Valentina, membros de uma trupe do teatro viajante que tem o poder de possibilitar às pessoas ingressarem no mundo de seus sonhos.
Christopher Plummer é o Doutor Parnassus, um homem que vive há séculos, desde que fez um pacto com o diabo, papel representado por Tom Waits.
O diabo pretende tirar a filha de Parnassus, Valentina, de seu pai quando ela completar 16 anos, mas dá a Parnassus uma última chance para salvá-la.
A ação passa das ruas de Londres e do interior de uma velha carroça para paisagens fantásticas, criadas com a ajuda de efeitos especiais, que representam a imaginação das pessoas.
O filme faz referências ao ex-primeiro ministro britânico Tony Blair e à morte do "banqueiro de Deus", Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano e que apareceu enforcado, após ser condenado por crimes financeiros, esclareceu Gilliam.
O filme foi exibido fora da competição do festival.
Referências político-criminais à parte, a imprensa internacional mostrou mais interesse em saber como o diretor lidou com a falta de Ledger.
Gilliam revelou que a família do ator falecido, que encorajou a continuar o projeto apesar da morte de Ledger, ainda não viu o trabalho póstumo do ator e que os atores que o substituiram irão doar todas as suas partes obtidas com a renda do filme para a filha de Heath.
A mutação de Ledger em Depp, depois em Law e finalmente em Farrell funciona magicamente como consequência do uso do elemento espelho que é decisivo na ação e não pela contribuição de uma manipulação com técnicas digitais, o que dá continuidade à história.
As explicações dos produtores não foram por enquanto além de classificar o filme como um "conto moral fantástico" que trata essencialmente da tentação que o ser humano tem de não resistir perante a possibilidade de tornar sua vida mais "alegre".
E foi divulgada hoje uma foto de Heath no filme. Confiram abaixo:
sexta-feira, 22 de maio de 2009
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tb quero muito ver!
ResponderExcluirOlha como a filhinha dele tá linda: http://heathledgerbrasil.blogspot.com/
beijos!